“Qual foi o teu destino favorito até hoje?” É a mais difícil pergunta que me podem fazer. Desde novo que o meu sonho era viajar e conhecer o mundo. O desafio, a paixão pela natureza e experiências fora do comum, vieram a definir o meu caminho neste planeta que eu chamo carinhosamente de “casa”. Não tanto o destino em si, mas as experiências marcantes que vivenciei, determinam as minhas escolhas. Dormir uma noite em plena selva da Amazónia, entrar num universo quase pré-histórico em Ngorongoro na Tanzânia, conquistar o cume do Kilimanjaro a quase 6000 metros de altitude, saltar de paraquedas a 5000 metros sobre os vulcões na Costa Rica, mergulhar nas águas quentes numa ilha deserta na Colômbia, acordar com um pequeno-almoço flutuante numa piscina infinita com vista sobre o mar e rochedos milenares da Tailândia... Ainda assim, a minha alma viaja para outro local do nosso Planeta, o Reino da Jordânia. Nunca poderia antecipar o que vi e senti quando cheguei à cidade perdida de Petra, após 3 horas a caminhar por montanhas e desfiladeiros. Uma cidade com mais de 2000 anos minuciosamente esculpida nas rochas. No dia seguinte, segui para o imponente deserto de Wadi Rum. Um cenário de cortar a respiração. Dormi ao relento sob o céu mais estrelado do mundo, partilhando histórias com locais beduínos à volta de uma fogueira. Acordei para ver o nascer do sol no topo da montanha... Ainda hoje acho que foi tudo um sonho. Alguém me disse que a Jordânia é apenas “terra, pedras e camelos”! E é verdade, a terra de uma incrível areia dourada que brilha sob o sol e muda de cor e forma com o tempo e o vento. As pedras que refletem o tempo, a história de milénios da humanidade e da natureza. Jordânia é tremendo, cinematográfico, épico e mágico. Onde nos desconectamos do mundo comum e podemos ser exploradores intrépidos. É uma poesia da natureza, silêncio, solidão e tempo. Uma experiência não filtrada vivida na primeira pessoa.